A segunda-feira (21/4) amanheceu em luto com a confirmação do falecimento do Papa Francisco, aos 88 anos. Jorge Mario Bergoglio morreu um dia após o domingo de Páscoa, encerrando um papado marcado pela simplicidade, empatia e capacidade de diálogo com diferentes povos.
Primeiro pontífice nascido na América Latina, o argentino conquistou o mundo por sua escuta ativa e proximidade com os mais vulneráveis.
Parte dessa conexão vinha de sua habilidade rara: o domínio de diversos idiomas, usados para unir vozes e corações em todas as partes do mundo — um traço que o tornava próximo mesmo daqueles que nunca o viram de perto.
Quais línguas o Papa Francisco falava?
Francisco nasceu em Buenos Aires, onde o espanhol foi sua língua materna e permaneceu presente em homilias e discursos ao longo do pontificado. No Vaticano, comunicava-se com fluência em italiano, idioma central em seu dia a dia como líder da Santa Sé.
Com raízes familiares no norte da Itália, também dominava o piemontês, dialeto que preservava a herança de seus anteados. Já o português, que usava em encontros com brasileiros, ganhou espaço nas visitas ao país, como durante a Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro.
O Papa também falava francês e alemão, línguas que estudou quando viveu na Alemanha antes do papado. Compreendia e utilizava o inglês em ocasiões formais e se comunicava em latim, idioma oficial da Igreja, presente em celebrações solenes e documentos oficiais.
Como é escolhido o sucessor de um Papa?
Com a morte do Papa Francisco, inicia-se um dos momentos mais solenes da Igreja Católica: o conclave. Trata-se do processo de escolha do novo pontífice, conduzido por cardeais de diferentes países reunidos na Cidade do Vaticano sob absoluto sigilo.
Durante o conclave, esses representantes da Igreja se mantêm em reclusão na Capela Sistina até que um novo Papa seja eleito por maioria qualificada. A decisão costuma considerar aspectos espirituais, políticos e pastorais, além do perfil necessário para liderar a Igreja no cenário atual e nos desafios futuros.
Por fim, o nome do novo Papa é anunciado ao mundo com a tradicional fumaça branca e a frase “Habemus Papam”. Até lá, a Igreja vive um período de oração, respeito e reflexão, em memória de Francisco e à espera de seu sucessor.
