Brasil em risco! Nível do mar deve subir mais que o esperado até 2100, aponta estudo

Aumento do nível do mar pode afetar Brasil, Uruguai e Argentina caso emissões de CO₂ continuem elevadas.



Pesquisadores da Universidade Tecnológica de Nanyang, em Singapura, e da Universidade de Tecnologia de Delft, na Holanda, divulgaram um estudo alarmante sobre o aumento do nível do mar.

Publicada em janeiro de 2025, a pesquisa estima que o nível do mar subirá entre 0,5 e 1,9 metro até o final deste século. Cidades litorâneas, como o Rio de Janeiro, figuram entre as áreas mais vulneráveis da América do Sul, sob a provável ameaça de submersão parcial.

Embora a Organização das Nações Unidas (ONU) tenha projetado uma elevação de 0,6 a 1 metro, cientistas agora alertam para um potencial incremento de 90 centímetros acima dessa estimativa.

O estudo indica que o avanço poderá ser uma realidade se as emissões globais de dióxido de carbono continuarem aumentando.

Impactos em comunidades costeiras

Cidades costeiras do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul, no Brasil, bem como regiões do Uruguai e da Argentina, podem enfrentar riscos severos.

O aumento do nível do mar ameaça submergir parcialmente essas áreas, impactando a população e a infraestrutura locais.

As projeções foram elaboradas utilizando sofisticados métodos de modelagem climática. Esses modelos consideram eventos conhecidos, como o derretimento de geleiras, mas ainda apresentam incertezas, o que complica a realização de predições precisas para elevações extremas do nível do mar.

País inteiro deve desaparecer

Escondido nas águas do Oceano Pacífico, Tuvalu, com seus meros 26 km², está em uma luta desesperada para não desaparecer. Com uma altitude média de apenas quatro metros, o aumento das águas representa uma ameaça direta à sua existência.

O aquecimento global não é mais um conceito distante, mas uma crise que se desenrola diante dos olhos da população. O avanço do mar está corroendo as terras e contaminando fontes de água doce com salinidade, com consequências devastadoras para a agricultura e o abastecimento de água na região.

Durante a COP26, Simon Kofe, ministro de Tuvalu, alertou sobre as implicações globais se nada for feito. Ele sublinhou que o destino de Tuvalu pode tornar-se realidade para outros países se ações eficazes não forem tomadas.

Estamos afundando, disse ele, “mas todos estão no mesmo barco”. Kofe defende que somente com responsabilidade coletiva é possível evitar que outras nações enfrentem o mesmo destino.

Importância da ação climática

Benjamin Horton, diretor do Earth Observatory of Singapore, enfatizou a urgência de abordar a crise climática. Ele destacou os potenciais impactos graves para comunidades costeiras, o que torna imprescindíveis ações para mitigar a elevação do nível do mar.

A organização Climate Central, com sua ferramenta de avaliação de risco costeiro, reforça as preocupações.




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