Nova regra trabalhista pode melhorar rescisão de quem se demite (mas nem sempre é o caso)

Reforma trabalhista cria novos direitos para quem pede demissão, permitindo um acordo entre funcionário e empregador.



Uma nova diretriz legal introduzida no Brasil trouxe mudanças significativas para trabalhadores que optam por pedir demissão. Antes, ao decidir deixar um emprego, o funcionário abria mão de certos benefícios financeiros.

A Reforma Trabalhista, aprovada em 2017, viabiliza um acordo que pode resultar em um valor significativo na rescisão. O dispositivo é chamado de “acordo trabalhista”, demissão consensual ou distrato.

Esse modelo vem ganhando força por, supostamente, oferecer uma alternativa vantajosa tanto para o empregado quanto para a empresa. A ideia é evitar a necessidade de um desligamento forçado e abrir novas possibilidades para quem deseja encerrar seu vínculo empregatício.

Entendendo a nova regra para demissões

Desde a reforma, quem pede demissão pode negociar com a empresa para garantir parte dos direitos que até então eram exclusividade dos trabalhadores demitidos sem justa causa. Esse modelo foi introduzido para proporcionar mais flexibilidade nas relações de trabalho.

Quem opta por um acordo ganha:

  • 50% do aviso prévio indenizado;
  • 20% da multa do FGTS;
  • Verbas rescisórias integrais, incluindo 13º, férias e salário;
  • Saque de até 80% do FGTS.

Por outro lado, o benefício do seguro-desemprego não está disponível nesses casos, o que deve ser considerado na tomada de decisão.

Vantagens para as empresas

Do ponto de vista das empresas, esse formato pode evitar conflitos trabalhistas e reduzir gastos associados a demissões. Por isso, muitas organizações têm se mostrado receptivas a formalizar esses acordos com seus funcionários.

Procedimentos para uma rescisão segura

Para garantir uma saída tranquila, é crucial documentar todos os os do processo e confirmar a precisão dos cálculos envolvidos. Embora o envolvimento sindical não seja obrigatório, uma orientação profissional pode assegurar que todos os direitos sejam respeitados durante a rescisão.

Cabe destacar, contudo, que a empresa não é obrigada a fazer acordo. Nesse caso, o empregado tem alternativas, como pedir demissão ou solicitar a rescisão indireta do contrato, que exige que a companhia esteja em descumprimento de obrigações.

Com essa nova perspectiva, tanto trabalhadores quanto empregadores podem se beneficiar de um ambiente mais harmonioso quando um contrato de trabalho chega ao fim. Porém, é importante para o empregado conhecer as regras para evitar prejuízos financeiros no processo.




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