O ato de pedir desculpas, quando realizado no momento certo, reflete maturidade e responsabilidade emocional. Contudo, quando se torna excessivo, pode irritar quem está à volta da pessoa que tem essa “mania”, além de revelar problemas internos significativos de quem age assim com frequência.
A maioria de nós conhece alguém que se desculpa excessivamente; mas, afinal, o que isso realmente diz sobre pessoas assim? E, mais importante: quando é verdadeiramente necessário reconhecer e verbalizar nossos erros?
Pedir desculpas o tempo todo: o que dizem os especialistas sobre isso?
Segundo psicólogos, pedir desculpas repetidamente indica uma autopercepção negativa. Muitas vezes, isso reflete uma predisposição em acreditar que se está sempre errado.
Pessoas que pensam assim tendem a buscar validação no exterior, uma vez que a baixa estima as impede de confiar no próprio julgamento.
Esse comportamento pode ser resultado de uma educação severa, em que as falhas eram sempre atribuídas a elas, ou de experiências traumáticas adas que deixaram marcas significativas. Em ambos os casos, há um padrão de culpar-se por eventos negativos.
A culpa crônica, frequentemente associada a uma educação rígida ou a experiências traumáticas, corrói a autoestima e afeta a percepção de si mesmo. Esse padrão psicológico pode levar as pessoas a priorizar o que os outros pensam, relegando suas próprias necessidades.
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Momentos em que não devemos nos desculpar
Veja a seguir alguns momentos em que pedir ajuda não deve ser algo negligenciado:
- Pedir ajuda: ao invés de se desculpar, agradeça. Muitas pessoas estão dispostas a ajudar, e um “muito obrigado” é mais apropriado.
- Estar certo: evite diminuir seu julgamento pedindo desculpas quando sabe que está certo. Espere até que um erro seja demonstrado antes de se desculpar.
- Expressar opiniões: todos têm o direito de emitir opiniões. Reconhecer erros é sinal de maturidade, mas já pedir desculpas por ter uma opinião denota falta de confiança.
Pedir desculpas em excesso não é apenas um hábito irritante, mas também pode ser um indicativo de distúrbios psicológicos mais profundos.
A psicoterapia surge como uma ferramenta essencial para reconhecer e trabalhar esses traumas, auxiliando no desenvolvimento de uma vida mais equilibrada e plena.