Você sabe qual palavra da língua portuguesa tem plural no meio, não no final?

Saiba mais sobre uma palavra do português que tem o plural no meio e entenda como essa formação funciona.



A língua portuguesa, com sua riqueza e complexidade, é repleta de detalhes que, por vezes, intrigam até mesmo os falantes mais experientes. Entre regras, exceções e particularidades, o plural é um tema que costuma gerar dúvidas. Enquanto a maioria das palavras no português flexiona o plural no final, há exceções que carregam essa marcação no meio.

Essa característica peculiar demonstra como a língua está sempre em movimento, guardando histórias e influências que muitas vezes am despercebidas. Mas qual é essa palavra que escapa à regra mais comum e se destaca justamente pela sua formação?

A palavra que tem o plural no meio

língua portuguesa
Além de Portugal e Brasil, a língua portuguesa é falada em Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Timor-Leste, São Tomé e Príncipe e Guiné Equatorial, somando mais de 265 milhões de falantes. (Foto: lldo Frazao/Getty Images)

A palavra em questão é quaisquer, plural de qualquer. Embora pouco utilizada no cotidiano, essa forma tem espaço garantido na norma culta. Seu uso aparece em contextos formais, especialmente em textos jurídicos ou acadêmicos, onde o rigor da língua é valorizado.

O termo causa estranheza porque, ao contrário da lógica de outras palavras, a flexão ocorre no meio. A raiz “qual” é pluralizada para “quais”, enquanto “quer” permanece invariável. O resultado é uma construção que, à primeira vista, pode parecer incomum, mas segue rigorosamente as regras gramaticais do português.

Apesar de sua precisão formal, quaisquer está longe de ser popular no dia a dia. Expressões como “quaisquer coisas” ou “quaisquer situações” soam pouco naturais em uma conversa casual. Por isso, é mais provável encontrá-la em documentos oficiais ou textos literários que prezam por um estilo clássico.

Por que tão pouco usada na língua portuguesa?

O desuso de quaisquer pode ser atribuído à evolução da linguagem. Com o tempo, os falantes tendem a simplificar estruturas mais elaboradas, optando por alternativas como “quaisquer”.

A proximidade entre as formas “quaisquer” e “quaisquier” também contribui para que a segunda fique restrita a contextos específicos.

Além disso, o português falado privilegia expressões mais diretas e íveis. O resultado é o afastamento de palavras como quaisquer, que permanecem como uma curiosidade gramatical.

Para quem já achou curioso o plural no meio de quaisquer, a língua portuguesa reserva outros desafios. Palavras como “cidadãos”, “pães” e “portugueses” costumam trazer dúvidas em sua flexão correta. Dominar essas regras vai além de decorar gramática: é uma forma de apreciar a riqueza que nossa língua oferece.




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