Nascimentos de gêmeos atingem patamar histórico, revelam cientistas

Cientistas observam crescimento sem precedentes no nascimento de gêmeos. Por que isso está acontecendo?



Nos últimos anos, um fenômeno notável capturou a atenção dos pesquisadores: o aumento significativo no número de nascimentos de gêmeos. Ao mesmo tempo, muitos países reportam uma queda nas taxas de natalidade, com menos filhos por família.

Tal aumento na gemelaridade é único na história recente e é uma tendência que persiste em crescimento. Mulheres ao redor do mundo têm apresentado esse tipo de gravidez, o que altera o cenário demográfico.

Enquanto nascimentos múltiplos são menos comuns do que gestações únicas, eles representam uma parte natural da reprodução humana.

Aproximadamente, a cada 60 gestações, ocorre o nascimento de gêmeos ou trigêmeos, o que surpreende especialistas e, claro, os pais.

Apesar de ainda ser rara, a gravidez de gêmeos tem aumentado nos últimos anos – Imagem: Frank Mckenna/Unsplash

Fatores que desencadeiam esse aumento

O crescimento das gestações gemelares está ligado a dois fatores principais: o envelhecimento materno e os avanços nos tratamentos de fertilidade. Ambos têm desempenhado um papel crucial na mudança dessas estatísticas.

À medida que as mulheres envelhecem, a probabilidade de nascimentos múltiplos aumenta devido a alterações hormonais. A perimenopausa, por exemplo, é um período em que a hiperovulação pode ocorrer e elevar as chances de gestações múltiplas.

Além disso, o uso de tratamentos como a fertilização in vitro (FIV) contribui para essa alta. No Reino Unido, por exemplo, o número de ciclos de FIV subiu de 6,7 mil em 1991 para 76 mil em 2021, o que impacta diretamente nas taxas de gemelaridade.

Previsões futuras

Pesquisas do Elizabeth Bryan Multiple Births Centre, em Birmingham, sugerem que até 2100 o número de nascimentos múltiplos continuará a crescer globalmente. Esse aumento será impulsionado, principalmente, pela idade avançada das mães.

Entre as décadas de 1940 e 1960, durante o “baby boom”, Inglaterra e País de Gales registraram entre 12 e 13 nascimentos múltiplos a cada mil gestações. Hoje, a taxa estabilizou-se em 14,4 por mil, mesmo com campanhas para limitar os embriões transferidos.

Desse modo, a tendência de nascimentos múltiplos parece estar longe de desacelerar. Com mais mulheres optando pela maternidade em idades avançadas e o progresso incessante dos tratamentos de fertilidade, o fenômeno dos gêmeos pode se tornar ainda mais comum no futuro.




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