11 de abril de 1954 foi o dia mais chato da história? Entenda

'Título' foi concedido a essa data por um algoritmo desenvolvido por William Tunstall-Pedoe.



Todos já vivemos dias em que nada parece acontecer. No entanto, em uma escala global, o 11 de abril de 1954 ficou famoso por ser o “dia mais chato da história”, de acordo com uma análise computacional.

A curiosa classificação foi atribuída por meio do trabalho do cientista da computação britânico William Tunstall-Pedoe. Ele desenvolveu um algoritmo chamado “True Knowledge”, sistema que avalia a importância relativa de eventos ao longo da história.

Mas como um dia pode tornar-se notoriamente monótono? O segredo está nos métodos de análise utilizados por Tunstall-Pedoe e na natureza dos dados processados pelo seu algoritmo.

A análise do algoritmo “True Knowledge”

O algoritmo “True Knowledge” não identificou eventos significativos em 11 de abril de 1954. Foram considerados aspectos como número de nascimentos e mortes de figuras notáveis, eventos políticos, esportivos ou culturais de destaque.

A ferramenta realizou suas avaliações por meio de inteligência artificial. Informações foram coletadas de enciclopédias, jornais e registros governamentais. Depois, esses dados foram usados para alimentar um banco de dados estruturado.

Entre os critérios de pontuação estavam:

  • Quantidade de fontes mencionando o evento;
  • Alcance geográfico do acontecimento;
  • Importância das pessoas envolvidas;
  • Impacto duradouro na história.

A relatividade da monotonia global

Embora o algoritmo tenha apontado a data como desprovida de grandes acontecimentos, é importante considerar que, para algumas pessoas, o dia pode ter sido marcante.

A análise é uma curiosidade estatística que não reflete realidades locais menos documentadas. Afinal, em 11 de abril de 1954, nasceram milhares de pessoas importantes em seus contextos familiares e até locais, como figuras políticas proeminentes em uma região, artistas locais etc.

Portanto, o título de “dia mais chato” deve ser visto com ceticismo. Isso porque a possibilidade de descobertas futuras pode alterar essa percepção, como o próprio Tunstall-Pedoe observou. Isso demonstra que a monotonia é, muitas vezes, apenas uma questão de perspectiva e documentação histórica.




Veja mais sobre

Voltar ao topo

Deixe um comentário