Você já observou o focinho do seu cachorro e pensou se ele pode dizer algo sobre a saúde do pet? Uma pesquisa realizada no Reino Unido sugere que sim, isso é possível.
Segundo um levantamento liderado por Kirsten McMillan, o comprimento do focinho pode indicar quanto tempo um cão tem de expectativa de vida. A descoberta chamou atenção porque foram analisados dados de mais de 500 mil cães de diferentes raças.
O resultado mostrou que, além do tamanho corporal e do sexo do animal, além do formato do rosto, o focinho, em especial, tem forte relação com a longevidade dos animais.
Focinho achatado indica vida mais curta
Cães com focinhos curtos — como os Bulldogs e Pugs — têm maior tendência a problemas respiratórios e, por isso, podem viver menos.
Já os que possuem rostos alongados e proporcionais, como Border Collies e Galgos, costumam ter mais fôlego e saúde, o que colabora para uma vida mais longa.
O estudo também apontou que fêmeas vivem mais do que machos e que, em média, cães de raças pequenas superam os de porte grande em tempo de vida, mesmo que os maiores pareçam mais robustos.
O formato do rosto, portanto, funciona como um indicativo complementar.

De acordo com McMillan, um macho de médio porte e rosto achatado tem três vezes mais chances de viver menos do que uma fêmea pequena com rosto alongado.
Outros fatores também influenciam na expectativa de vida do cão
Mesmo com esses indicadores, os cuidados diários ainda fazem toda a diferença. A pesquisa reforça que alimentação balanceada, prática de exercícios e visitas regulares ao veterinário continuam sendo os principais aliados para garantir bem-estar ao pet.
O comportamento do tutor também é determinante. O carinho, a atenção e a adaptação do ambiente conforme o animal envelhece impactam diretamente na sua saúde física e emocional. Por isso, mesmo que algumas raças tenham predisposição genética, a rotina ainda é o principal fator de qualidade de vida.
Vale lembrar que nem todo cão com focinho achatado terá uma vida curta. Mas, ao entender os riscos, é possível adotar medidas para oferecer uma rotina mais confortável e segura, especialmente em dias quentes ou em ambientes fechados.
Consultas frequentes ajudam a identificar sinais precoces
Assim como acontece com os humanos, os cães também precisam de acompanhamento médico mais atento à medida que envelhecem. A recomendação é aumentar a frequência das consultas veterinárias a partir dos sete anos de idade — ou antes, no caso de raças mais vulneráveis.
Exames preventivos, atualizações no calendário vacinal e avaliação do comportamento ajudam a detectar possíveis doenças em estágios iniciais. Quanto antes os sinais forem percebidos, maiores as chances de tratamento e controle.
Observar o focinho do seu cachorro pode ser o primeiro o para conhecer melhor suas necessidades. Mas garantir uma vida longa e saudável exige atenção, cuidado e uma boa dose de amor — todos os dias.