Na língua portuguesa, as palavras podem adquirir significados variados conforme a região, a faixa etária e o contexto em que são empregadas.
No cotidiano, a escolha de vocabulário não demanda tanta atenção, especialmente em ambientes informais. No entanto, em contextos formais, como redações de vestibulares e concursos, é essencial ter cautela com o uso das palavras.
Nem todas as palavras aceitas em conversas informais se adequam à norma culta exigida em provas escritas. Para manter um bom desempenho, é importante evitar termos que possam comprometer a avaliação, como o uso da gíria “tipo”.
Este termo, embora recorrente em diálogos cotidianos, não se encaixa nos padrões formais exigidos pelas normas gramaticais. Entenda o que ele significa e por que evitá-lo em certos contextos.
Significado e usos de “tipo”
Entender o significado de “tipo” pode ser desafiador devido à natureza genérica do termo, similar a termos como “coisa” e “algo”.
Essa palavra pode ser utilizada em contextos diversos, indicando espécie, modelo de referência, categorias, tipografia e grupos com características distintivas.
No entanto, em contextos informais, “tipo” frequentemente surge como uma gíria, perdendo seu sentido original e tornando-se um vício de linguagem. Essa utilização automática não acrescenta valor à frase, sendo apenas um recurso de expressão coloquial.
Por que evitar “tipo” em redações?
O uso de “tipo” em redações é desaconselhado, pois, como já frisamos, não se alinha à norma culta da língua portuguesa.
Em contextos formais, como provas de redação, espera-se que os candidatos demonstrem domínio dessa norma. Assim, o emprego de gírias como “tipo” pode resultar em perda de pontos.
É fundamental destacar que a proibição refere-se ao uso coloquial da palavra. Em situações técnicas, como na tipografia, “tipo” pode ser usado apropriadamente para descrever caracteres alfabéticos. Contudo, esse significado técnico não é o mais comum.
Erros comuns e alternativas ao uso de “tipo”
Para ilustrar a inadequação do termo “tipo” em redações, vejamos alguns exemplos práticos e suas versões revisadas:
- Evite: “O cidadão tipo perde a confiança nas instituições quando há corrupção”.
- Tente: “O cidadão tende a perder a confiança nas instituições diante de casos de corrupção”.
- Evite: “A desigualdade social é tipo uma barreira invisível que impede o progresso”.
- Tente: “A desigualdade social funciona como uma barreira estrutural que dificulta o progresso”.
O termo pode ser substituído por:
- Tende a;
- Funciona como;
- Representa;
- Demonstra;
- Atua como;
- Serve de exemplo;
- Pode ser compreendido como;
- Tem como consequência.
Ao substituir essa gíria por expressões mais adequadas, não apenas garantimos o cumprimento das normas gramaticais, mas também enriquecemos a qualidade da escrita.
Assim, asseguramos a clareza de textos escritos e um desempenho mais assertivo em contextos acadêmicos e profissionais.