Farmacêuticos agora podem prescrever remédios? Resolução gera polêmica

Farmacêuticos poderão prescrever medicamentos, mas decisão do CFF gera controvérsia com entidades médicas no Brasil.



Uma nova resolução do Conselho Federal de Farmácia (CFF) causou grande repercussão no setor da saúde. De acordo com a norma publicada no Diário Oficial da União, farmacêuticos poderão prescrever medicamentos, incluindo aqueles que exigem receita médica.

Além de prescrever, os farmacêuticos poderão realizar exames físicos e mentais, solicitar e interpretar exames laboratoriais. Essa medida tem como objetivo melhorar a eficácia da istração de medicamentos e ampliar a capacidade de monitoramento da saúde dos pacientes.

No entanto, essa decisão, que tem até 30 dias para entrar em vigor, enfrenta resistência de entidades médicas, que a consideram ilegal e prometem tomar medidas para impedi-la.

Detalhes da resolução do CFF

A resolução nº 5/2025 do CFF visa esclarecer pontos da lei nº 13.021/2014, que regula a prática farmacêutica no Brasil.

Ela concede aos farmacêuticos a capacidade de conduzir o acompanhamento farmacoterapêutico de pacientes, renovando receitas e prescrevendo medicamentos em situações emergenciais.

Para prescrever medicamentos sob prescrição, os farmacêuticos deverão possuir o Registro de Qualificação de Especialista (RQE) em Farmácia Clínica. As atividades incluem também a istração de medicamentos e suplementos, além do uso de plantas medicinais.

Reposta das entidades médicas

Entidades como o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Médica Brasileira (AMB) expressaram forte oposição à resolução.

O CFM, em nota, destacou que a iniciativa compromete a segurança pública, argumentando que a prescrição de medicamentos requer formação clínica específica, restrita aos médicos.

Essas organizações defendem que funções como diagnóstico e tratamento são exclusivas dos profissionais médicos e consideram que a nova norma representa uma invasão de suas atribuições.

Elas prometem adotar todas as medidas legais e judiciais possíveis para barrar a resolução e responsabilizar os responsáveis por quaisquer danos aos pacientes.

Repercussões e próximos os

A situação gera um embate entre farmacêuticos e médicos, com potenciais consequências para o sistema de saúde brasileiro. As próximas semanas serão decisivas, à medida que as entidades médicas se mobilizam para contestar a resolução, buscando garantir a segurança e a legalidade na prescrição de medicamentos.




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