O Censo da Educação Superior 2023 trouxe revelações impactantes sobre as preferências dos estudantes brasileiros em relação aos cursos universitários. Publicado pelo Ministério da Educação e pelo Inep, o levantamento, que ainda não foi atualizado para 2025, evidencia uma mudança notável nos cursos mais procurados.
Tradicionalmente, Medicina figurava como o curso mais disputado. No entanto, o cenário atual se transformou, com outros cursos ganhando destaque entre os candidatos. Este fenômeno reflete alterações nas escolhas educacionais, impulsionadas pela oferta de vagas e pelo cenário de mercado.
Além disso, o levantamento apresentou dados significativos sobre o número de egressos do ensino médio que ingressaram no ensino superior, oferecendo uma visão abrangente do o à graduação no país. As informações são cruciais para entender a dinâmica educacional brasileira.
A preferência por cursos universitários está mudando – Imagem: Shutterstock/reprodução
Preferências nas instituições públicas e privadas
Na rede pública de ensino, Engenharia Naval destacou-se como o curso mais almejado no último Censo da Educação Superior.
Com uma concorrência de 55 candidatos por vaga, o curso teve 13.329 inscrições para apenas 243 vagas ao longo de 2023. A oferta restrita e a demanda no setor naval explicam tal procura.
Em contraste, nas instituições privadas, Artes Cênicas ultraou Medicina em termos de concorrência.
Com 2.417 inscritos para 235 vagas, o curso apresentou 10 candidatos por vaga. Já Medicina, embora ainda popular, atraiu 276.446 candidatos para 38.068 vagas.
Outros cursos que se mostraram concorridos:
- ABI (Área Básica de Ingresso) Computação;
- TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação);
- Psicologia;
- Biomedicina.
Análise regional e de tipos de ensino médio
Apenas 27% dos 2,3 milhões de alunos que concluíram o ensino médio em 2022 ingressaram no ensino superior em 2023. O ingresso foi maior em instituições federais, com 58%, seguido pelas privadas e estaduais, com 59% e 21%, respectivamente.
Os egressos do ensino técnico mostraram maior continuidade nos estudos, alcançando 44%, comparados aos 26% dos formados no ensino regular. A análise ressalta as variações regionais e as implicações para a educação superior no Brasil.
A pesquisa revela um panorama desafiador e diversificado do o à educação superior no Brasil, atualmente com quase 10 milhões de universitários com matrículas ativas em todo o país. Ela destaca tendências influenciadas pela oferta de cursos e pela demanda do mercado de trabalho.
Conforme já mencionamos, os dados acima são de 2023, mas foram usados como exemplo por não terem sido atualizados até o momento.