Em 2004, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deixou claro seu posicionamento sobre colheres de madeira em cozinhas de restaurantes. Desde então, o uso desse utensílio tradicional tem sido desestimulado também em residências, devido à sua capacidade de acumular microrganismos nocivos.
Segundo especialistas, as populares colheres de pau podem se tornar verdadeiros vilões na cozinha devido à sua textura porosa, que favorece a retenção de bactérias. Esses utensílios são propícios à formação de colônias de bactérias, conhecidas como biofilmes, colocando em risco a saúde das famílias.
Riscos do uso de colheres de madeira
A Anvisa destaca que utensílios usados na preparação de alimentos devem ser feitos de materiais que não transmitam substâncias indesejadas.
A textura da madeira permite a absorção de umidade e resíduos, dificultando a higienização completa e criando um ambiente ideal para microrganismos.
Além dos riscos biológicos, a fragilidade do material pode levar à sua desintegração durante o uso, sobretudo devido ao uso de calor, resultando na liberação de fragmentos na comida. Isso representa um risco físico, como cortes ou perfurações internas, conforme alertam os especialistas.
Alternativas seguras e eficazes à colher de pau
Em casa, recomenda-se substituir as colheres de madeira por utensílios de metal ou plástico, que são mais fáceis de desinfetar. Esses materiais não absorvem resíduos e atendem às normas da Anvisa para uma cozinha mais segura.
Outra forma de se manter seguro é aprendendo a desinfetar corretamente esses utensílios tradicionais. Veja como fazer?
- Lave com detergente após cada uso.
- Use desinfetantes registrados, como cloro ou água quente.
- Considere a máquina de lavar louças, que utiliza água fervente no processo.
Mesmo com uma higienização adequada, a colher de pau continua a ser uma exceção. Devido à sua porosidade, os riscos biológico e físico não são totalmente eliminados, mantendo a recomendação da Anvisa de evitar seu uso em qualquer ambiente. As medidas de desinfecção são cruciais para prevenir contaminações cruzadas na cozinha, assegurando que práticas culinárias permaneçam saudáveis e seguras.