Uma professora da Flórida, nos Estados Unidos, foi desligada após utilizar um nome alternativo ao se referir a um aluno sem o consentimento formal dos pais. O caso ocorreu em uma escola pública do condado de Brevard.
A medida segue uma regra estadual que proíbe funcionários de instituições de ensino de adotar nomes diferentes do registro oficial sem autorização por escrito da família.
O episódio reacendeu discussões sobre o ambiente escolar e os limites da atuação docente.
Uso do nome e impacto na escola
Melissa Calhoun, professora de Literatura da Satellite High School, lecionava na unidade há mais de uma década. Segundo a direção, ela descumpriu a norma ao atender à solicitação de um aluno que pediu para ser chamado por um nome masculino, distinto do registrado nos documentos.
Após a reclamação de um responsável, o caso foi investigado. A docente confirmou que utilizou o nome por conta própria, com base na demanda do estudante. A direção afirmou que isso contraria diretamente a legislação estadual em vigor e os procedimentos internos do distrito.
A professora foi advertida formalmente e informada de que seu contrato, com término previsto para maio, não seria renovado. Até lá, permanecerá em sala de aula para concluir o ano letivo.
Repercussão e mobilização comunitária

A decisão motivou reações na escola e entre os moradores da região. Estudantes organizaram uma paralisação como forma de apoio à professora, e uma petição online solicitando sua permanência no cargo ultraou 17 mil s.
Durante reuniões públicas do conselho escolar, pais e membros da comunidade defenderam a atuação da educadora, destacando seu histórico e vínculo com os alunos. A direção da escola, no entanto, manteve a posição de que houve quebra de protocolo.
Legislação e posicionamento institucional
A norma aplicada no caso é parte de uma política educacional mais ampla, adotada em diversos estados norte-americanos, que estabelece regras para o uso de nomes e pronomes em ambiente escolar. A diretriz também orienta a comunicação prévia com os responsáveis em situações semelhantes.
Em nota, a porta-voz do distrito, Janet Murnaghan, reforçou que a medida segue a legislação estadual e não envolve julgamento pessoal. “Professores, como todos os trabalhadores, devem respeitar as leis em vigor”, afirmou em uma matéria do portal MSN.
*Com informações de Extra.