Enquanto algumas profissões ultraam os R$ 10 mil por mês, outras seguem lutando para garantir o básico. Um levantamento da LCA 4intelligence mostra que 20 ocupações no país não atingiram o valor do salário mínimo em 2024, revelando uma realidade marcada pela desigualdade de rendimentos.
Mesmo com o salário médio nacional alcançando R$ 3.225 no último trimestre do ano — o maior desde 2012, segundo a Pnad Contínua —, milhares de trabalhadores seguem recebendo muito abaixo disso, mesmo atuando em funções essenciais para a economia.
Quais são as profissões com os piores salários?

Na base da lista, aparecem acompanhantes e criados particulares, com remuneração média de apenas R$ 405 por mês. O número chama a atenção por estar bem abaixo do piso nacional, evidenciando a fragilidade de parte do setor informal e doméstico.
Outros grupos que enfrentam baixa remuneração são os carregadores de água e coletores de lenha, com R$ 579, além de pescadores, que recebem em média R$ 849. Também figuram na lista trabalhadores ambulantes e trabalhadores elementares da caça, pesca e aquicultura, ambos com rendimentos abaixo de R$ 1.000.
Há ainda funções que exigem esforço físico intenso, mas continuam longe da remuneração ideal. É o caso de condutores de veículos a pedal ou a braço, trabalhadores da conservação de frutas e da pecuária, com rendimentos entre R$ 1.100 e R$ 1.149.
O que observar ao escolher uma carreira?
Embora o rendimento seja um fator relevante, escolher uma profissão envolve múltiplos critérios. É essencial avaliar não apenas o retorno financeiro, mas também a demanda no mercado, a possibilidade de crescimento, o nível de qualificação exigido, o grau de estabilidade oferecido e o perfil pessoal para a atividade.
Muitas funções com menor remuneração são portas de entrada no mercado, especialmente para quem ainda não teve o à formação técnica ou superior. Nesse cenário, cursos de capacitação, experiências informais e habilidades práticas podem ser caminhos para avançar na carreira e ampliar as oportunidades ao longo do tempo.
Assim, ao escolher uma ocupação, é importante equilibrar expectativas, entender as condições do setor e buscar, sempre que possível, oportunidades de aprendizado, mobilidade e desenvolvimento. Afinal, a valorização profissional também se constrói com planejamento, adaptação e perspectiva de futuro.