Mesmo depois da tragédia que matou cinco pessoas durante uma expedição aos destroços do Titanic, a empresa OceanGate continuou promovendo viagens turísticas ao local. As expedições subaquáticas — que já eram vistas com cautela — ganharam ainda mais atenção após o acidente com o submarino Titan. Ainda assim, a empresa chegou a disponibilizar novas datas para o ano seguinte, em 2024.
A proposta continuava sendo a mesma: levar grupos até o fundo do oceano para ver de perto o que restou de um dos naufrágios mais famosos da história. A experiência, que mistura turismo extremo e curiosidade histórica, continuava despertando interesse, apesar dos riscos já evidenciados.
agem para a expedição custava até R$ 1,2 milhão por pessoa
De acordo com informações da própria OceanGate, o ingresso para a viagem submersa chegava a custar US$ 250 mil, valor equivalente a R$ 1,2 milhão na época.
A jornada até os destroços incluía cerca de oito dias de imersão logística, com um mergulho de oito horas até o fundo do mar, próximo à costa do Canadá.
Mesmo com o alto custo, a empresa afirmava que a procura era grande. Para os fundadores, o interesse do público justificava os investimentos, apesar das críticas em relação à segurança e à confiabilidade dos equipamentos utilizados nas operações.
O que foi o caso OceanGate

A empresa tornou-se mundialmente conhecida após o desaparecimento do submarino Titan, em junho de 2023. A embarcação perdeu contato poucas horas após iniciar sua descida. Dias depois, as autoridades confirmaram a implosão da estrutura. Todos os ocupantes — incluindo o CEO da OceanGate, Stockton Rush — morreram no acidente.
A tragédia levantou uma série de questionamentos sobre segurança, fiscalização e materiais utilizados na construção do submersível.
Entre as hipóteses mais discutidas está o uso de fibra de carbono, que não teria sido suficientemente testada para as profundidades atingidas.
Por que o Titanic?
Mais de um século após o naufrágio, o Titanic ainda desperta fascínio em todo o mundo. A embarcação, que afundou em 1912 durante sua viagem inaugural, continua sendo símbolo de grandiosidade, tragédia e mistério. Os destroços, localizados a quase 4 mil metros de profundidade no Atlântico Norte, se tornaram um dos pontos mais emblemáticos da história marítima moderna.
Esse interesse histórico e emocional motiva muitas pessoas a encarar a jornada arriscada até o local do naufrágio. Para alguns, é a chance de se conectar com um momento marcante da humanidade; para outros, uma experiência de exploração única.
No entanto, o caso OceanGate também mostrou os limites desse tipo de turismo. A tragédia envolvendo o submarino Titan transformou o debate sobre aventuras extremas em águas profundas e reforçou a importância de repensar os riscos envolvidos ao se tratar de explorar o ado tão de perto.