A busca por vida em outros planetas sempre intrigou o ser humano, mas recentemente cientistas encontraram aqueles que podem ser os primeiros indícios realmente significativos de possíveis formas de vida fora do Sistema Solar.
Esta revelação, feita no último dia 17 de abril, representa um marco na exploração espacial. O telescópio espacial James Webb (de novo ele), um dos mais avançados instrumentos astronômicos, desempenhou um papel central nessa descoberta.
A notícia reforça a ideia de que talvez não estejamos sozinhos no universo, um pensamento que fascina tanto a comunidade científica quanto o público em geral.
Descoberta no exoplaneta K2-18b
O exoplaneta K2-18b, situado a 124 milhões de anos-luz na constelação de Leão, é o foco das recentes descobertas.
Classificado como uma “superterra”, suas características permitem debates sobre sua capacidade de abrigar vida microbiana. Desde sua identificação em 2015, o planeta tem sido alvo de intensos estudos.
A existência de vida extraterrestre foi finalmente revelada? – Imagem: Shutterstock/reprodução
Biofirmas e sinais químicos
Utilizando o telescópio James Webb, pesquisadores detectaram evidências de dois compostos químicos na atmosfera do K2-18b, sugerindo a existência de vida na superfície.
O dimetilsulfeto (DMS) e o dimetil dissulfeto (DMDS), os gases detectados, são produzidos apenas por seres vivos, principalmente fitoplâncton e bactérias. Ou seja, agora acredita-se que K2-18b abrigue grandes corpos de água repletos de formas de vida vegetais.
Resultados preliminares e reações
Apesar das indicações promissoras, os cientistas enfatizam a necessidade de mais evidências para confirmar a vida no exoplaneta.
Contudo, Nikku Madhusudhan, astrofísico da Universidade de Cambridge, destacou que esses sinais são os mais próximos que já encontramos de uma atividade biológica fora do Sistema Solar.
Observações anteriores e implicações futuras
Em 2023, foram detectados metano e dióxido de carbono na atmosfera do K2-18b, além de fracos sinais de DMS. A concentração desses compostos é milhares de vezes maior do que na Terra, sugerindo origem biológica.
Para Madhusudhan, a confirmação de vida em K2-18b poderia indicar que a vida é comum na galáxia, pelo menos na forma que possivelmente existe nessa superterra.
Enquanto novas observações são aguardadas, a expectativa por respostas concretas sobre a vida fora da Terra cresce e o telescópio James Webb continua sendo uma ferramenta vital na busca por compreender nosso lugar no cosmos.