Cérebro envelhece mais rápido em idade específica; descubra qual

Estudo com mais de 19 mil pessoas revela a “janela crítica” do cérebro. Veja quando ela começa e como se proteger.



Uma pesquisa da Academia Nacional de Ciências dos EUA revelou que o cérebro humano pode começar a apresentar sinais de envelhecimento acelerado a partir dos 44 anos. O estudo analisou exames de ressonância magnética funcional (fMRI) de mais de 19 mil pessoas ao redor do mundo.

Segundo os autores, entre eles o pesquisador húngaro Botond Antal, o ritmo de degradação das redes neurais se intensifica até os 67 anos. Após esse período, o envelhecimento continua, porém de forma mais lenta, atingindo certa estabilidade por volta dos 90.

A “janela crítica” do cérebro e a possível intervenção energética

Centro do pensamento e da memória, o cérebro é um dos órgãos mais complexos do corpo humano. (Foto: peterschreiber.media/Getty Images)

Os pesquisadores batizaram esse momento de “janela crítica” — uma fase em que o cérebro apresenta menor capacidade de processar energia antes de ocorrerem danos irreversíveis. Um dos fatores apontados é a resistência neuronal à insulina, que prejudica o funcionamento das células nervosas.

Para contornar esse quadro, a equipe testou a istração de cetonas como fonte alternativa de energia, em comparação à glicose. Em um estudo com 101 voluntários, os resultados foram mais expressivos em pessoas entre 40 e 49 anos, sugerindo que a intervenção pode ser mais eficaz quando aplicada precocemente.

Ainda que os efeitos sejam promissores, os cientistas reforçam que a aplicação desse método precisa ser mais bem compreendida, especialmente os mecanismos que tornam o cérebro mais vulnerável nesse intervalo de tempo. A ideia é que, com novos estudos, seja possível antecipar cuidados.

Hábitos que ajudam a preservar a mente ao longo do tempo

Embora os dados laboratoriais sejam promissores, os próprios pesquisadores destacam que mais estudos são necessários. A possível eficácia das cetonas ainda exige comprovação clínica em larga escala. Até lá, adotar hábitos saudáveis segue sendo essencial para preservar a cognição.

Dormir bem, manter uma alimentação balanceada e praticar atividades físicas são estratégias conhecidas e eficazes. Esses comportamentos ajudam a proteger o cérebro contra inflamações, estresse oxidativo e desgaste precoce. Além disso, alimentos ricos em ômega-3, vitaminas do complexo B e antioxidantes oferecem e nutricional importante.

Por fim, práticas como leitura, aprendizado contínuo e interação social funcionam como treino constante para o cérebro. Manter-se mentalmente ativo, inclusive em tarefas simples do dia a dia, é uma das formas mais eficazes de retardar o envelhecimento cerebral. Afinal, cuidar da mente é tão vital quanto cuidar do corpo.

*Com informações de ICL.




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