Datilógrafo e ascensorista: governo quer atualizar 30 mil cargos públicos considerados obsoletos

Reconfiguração de cargos obsoletos no setor público busca modernizar e otimizar a istração federal brasileira.



Em um cenário em que a digitalização e a terceirização se destacam, funções como datilógrafo e ascensorista ainda compõem o quadro de servidores públicos federais. Em resposta a essa realidade, o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) pretende redefinir essas carreiras.

O plano é adaptar o funcionalismo público às demandas contemporâneas. Estima-se que cerca de 30 mil vagas sejam consideradas obsoletas, enquanto outras 44.218 podem seguir o mesmo caminho.

O secretário de Gestão de Pessoas do MGI, José Celso Cardoso Jr., afirma que, embora esses cargos tenham sido importantes, muitos perderam a utilidade.

Em dezembro, o governo publicou uma medida provisória convertendo 29,7 mil cargos em 25,7 mil novas vagas, direcionadas principalmente à área de educação. Outras funções visam atender a novas carreiras transversais no serviço público.

Transformação e novas diretrizes

O governo está tramitando no Congresso uma medida que transforma cargos considerados obsoletos em novas oportunidades.

A maior parte das vagas será destinada à educação, com foco nos cem novos institutos federais planejados até o término do mandato atual.

Além disso, a criação de duas carreiras transversais visa flexibilizar a atuação em diferentes áreas.

Ajustes no orçamento e nos concursos

Segundo o MGI, a reestruturação não deve impactar os cofres públicos, uma vez que as verbas já constam no orçamento. Com a sanção do Orçamento de 2025, recursos foram assegurados para as modificações previstas.

Mais detalhes sobre os concursos devem ser anunciados pela ministra Esther Dweck ainda nesta semana.

Desafios e aposentadorias

Um desafio significativo é o elevado número de aposentadorias nos últimos anos. Entre 2010 e 2023, 246 mil servidores se aposentaram, exacerbando a necessidade de novos funcionários.

A escassez de concursos agravou essa situação, resultando em 30% dos cargos vagos no Executivo. A intenção é reduzir esse índice por meio das alterações propostas pela medida provisória.

Embora o governo não tenha espaço orçamentário para novos concursos, transformações internas são realizadas para otimizar a estrutura existente. O secretário Cardoso Jr. destaca que o objetivo é dar novos propósitos aos cargos, sem gerar custos adicionais.

Com a implementação das medidas, espera-se melhorar a eficiência e a capacidade de atuação dos órgãos federais.




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