Emprego antes considerado ‘chato’ rende altos salários entre a Geração Z

Com salários de seis dígitos, Geração Z está transformando a contabilidade nos EUA. Saiba o que está tem impulsionado esse movimento.



O que antes era visto como uma das carreiras mais monótonas do mercado está ganhando um novo significado nos Estados Unidos. A contabilidade, profissão tradicionalmente associada a planilhas entediantes e pilhas de documentos fiscais, foi revitalizada por um movimento inesperado: a chegada da Geração Z ao setor.

Movida pela temporada de declaração do imposto de renda de 2025, essa nova geração está promovendo uma verdadeira virada no setor.

Com um olhar mais empático, digital e conectado, jovens recém-formados estão encontrando propósito — e bons salários — em uma área que antes enfrentava o envelhecimento da força de trabalho e a falta de interesse.

Impacto além dos números

Grande parte dessa transformação é impulsionada pelo programa VITA (Volunteer Income Tax Assistance). A iniciativa oferece assistência gratuita a pessoas com baixa renda, idosos e grupos com dificuldades específicas na hora de declarar impostos.

Em universidades americanas, como a Estadual da Califórnia, mais de 280 alunos participaram neste ano, atuando diretamente no atendimento à comunidade.

Durante o último período fiscal, mais de 9 mil pessoas foram atendidas pelos jovens contadores, resultando em cerca de US$ 2 milhões economizados em serviços e no resgate de quase US$ 11 milhões em restituições.

Ou seja, além do impacto social, o envolvimento dos jovens tem acelerado sua curva de aprendizado — algo valorizado por empresas que buscam talentos com experiência prática desde cedo.

Um novo sentido para a Geração Z

O atrativo financeiro é claro: muitos participantes saem do VITA direto para vagas com salários de seis dígitos. No entanto, o propósito tem sido igualmente importante.

Para uma geração engajada e disposta a fazer a diferença, lidar com a burocracia fiscal ganhou um novo significado. Para eles, ajudar comunidades vulneráveis tem tanto peso quanto os altos ganhos.

Essa abordagem sinaliza uma nova cara para o contador do futuro: menos terno e formalidade, mais empatia, tecnologia e ação comunitária. Transformar números em impacto — especialmente para quem mais precisa — parece ser o novo norte da profissão.

O que considerar antes de entrar na contabilidade?

Com propósito e tecnologia, jovens estão mudando a forma como a contabilidade é vista. (Foto: a-wrangler/Getty Images)

Apesar do cenário promissor, é importante analisar alguns fatores antes de entrar na área contábil. A rotina pode ser intensa em épocas fiscais e exige domínio técnico, atenção aos detalhes e constante atualização diante das mudanças na legislação. Para a Geração Z, que valoriza propósito, flexibilidade e tecnologia, esses desafios precisam ser equilibrados com as oportunidades reais de impacto.

Além disso, embora o modelo americano sirva de inspiração, ainda não há iniciativas semelhantes de grande escala no Brasil. Ainda assim, a tendência deixa uma mensagem clara: até as profissões mais tradicionais podem ganhar novos significados quando se unem a valores humanos e inovações.

*Com informações da IGN.




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