As redes sociais são um espaço de constante interação, mas nem todos participam da mesma forma. Enquanto alguns compartilham cada momento do dia, outros preferem apenas observar, sem nunca postar nada.
Esse comportamento, popularmente conhecido como “stalkear“, é mais comum do que se imagina e pode estar ligado a diferentes fatores psicológicos.
O termo “stalkear” ganhou força na era digital e, embora muitas vezes seja associado a perseguições online, na maioria dos casos significa apenas acompanhar discretamente o que acontece ao redor.
Para algumas pessoas, essa prática é uma forma de estar informado sem se expor, garantindo maior privacidade. Mas será que existe algo além disso?
Por que algumas pessoas preferem observar em silêncio?

A psicologia aponta que quem adota esse comportamento pode ter diferentes motivações. Algumas pessoas sentem um grande desconforto ao se expor, seja por timidez, medo de julgamentos ou simplesmente por não ver necessidade em compartilhar sua vida pessoal.
O receio de críticas ou a busca por um senso maior de controle sobre a própria imagem também são fatores que influenciam essa escolha.
Além disso, existe outro lado: o hábito de consumir conteúdos sem interagir pode estar relacionado a uma tendência mais iva na comunicação.
Essas pessoas podem preferir relações presenciais e sentir que o mundo digital não reflete a profundidade das conexões que desejam ter. Para elas, a internet é um meio de observação, não um espaço de expressão.
Riscos do hábito de stalkear constantemente
Embora acompanhar redes sociais sem postar nada possa parecer inofensivo, esse comportamento pode trazer alguns impactos negativos. Quando o consumo de conteúdo se torna excessivo, pode aumentar sentimentos de comparação e ansiedade, levando à sensação de que a vida dos outros é mais interessante ou bem-sucedida.
Além disso, a falta de interação pode isolar a pessoa digitalmente, limitando conexões e oportunidades. Em casos mais extremos, o stalking pode ultraar os limites da curiosidade e se tornar uma obsessão, prejudicando a saúde mental. Encontrar um equilíbrio entre observar e interagir pode ser essencial para um uso mais saudável das redes sociais.
Por fim, outro ponto de atenção é o efeito que esse hábito pode ter na autoestima. Ao apenas consumir a realidade filtrada dos outros, sem compartilhar experiências próprias, a pessoa pode desenvolver uma visão distorcida do que é normal, gerando insatisfação com a própria vida.
A participação ativa, ainda que ocasional, pode ajudar a tornar a experiência nas redes mais equilibrada e menos impactante emocionalmente.