O que torna um dia realmente bom? Ciência propõe rotina ideal para mais bem-estar

Pesquisadores sugerem uma rotina equilibrada com tempo limitado de tela, menos trabalho e mais conexões pessoais.



Ter a sensação de que o dia valeu a pena é mais do que um desejo: é parte importante da nossa saúde mental. Com base nessa ideia, pesquisadores da University of British Columbia decidiram investigar o que torna um dia realmente bom — daqueles que a gente gostaria de repetir mais vezes.

A resposta veio com base em milhares de relatos de rotina. A equipe analisou dados da Pesquisa Americana de Uso do Tempo e cruzou as atividades mais comuns com os momentos em que as pessoas se sentiam mais satisfeitas. O resultado? Uma espécie de “receita” para viver melhor — e de forma mais equilibrada.

Tempo com pessoas queridas faz diferença

Convívio familiar é essencial para o bem-estar e ajuda a tornar os dias mais leves e significativos. (Foto: Monkey Business Images/Canva Pro)

O convívio com a família aparece como o ponto central da fórmula. Segundo o estudo, dedicar cerca de seis horas ao lado de familiares ajuda a criar uma sensação de estabilidade emocional. Além disso, somar duas horas com amigos reforça os laços sociais e melhora o humor ao longo do dia.

Outros momentos de interação — mesmo que rápidos — também contam. A pesquisa recomenda 1h30 de socialização extra, como conversas com vizinhos, colegas ou até um bate-papo descontraído durante atividades cotidianas.

Além disso, duas horas de exercícios físicos são um fator essencial. O movimento ajuda a reduzir o estresse, melhora a disposição e contribui para a sensação de bem-estar.

O que deve ser reduzido no dia a dia

Nem tudo, porém, deve ocupar tanto espaço assim. Para os pesquisadores, o trabalho diário deve se limitar a seis horas. Após esse tempo, a percepção de satisfação tende a cair — e o cansaço a a comprometer outras áreas da vida.

Outro ponto de atenção é o tempo de tela, que deve ficar abaixo de uma hora por dia. A recomendação é reservar esse tempo para uso realmente útil — ou, sempre que possível, trocá-lo por outras experiências.

Deslocamentos longos também pesam negativamente. Quando ultraam 15 minutos por trajeto, começam a impactar a sensação de que o tempo foi bem aproveitado. Mais do que economizar minutos, a lógica é recuperar momentos que podem ser usados de forma mais significativa.

Pequenas mudanças fazem diferença

Claro que nem todo mundo pode seguir esse roteiro à risca. Há empregos que exigem longas jornadas e realidades em que o deslocamento é inevitável. Ainda assim, o estudo reforça uma mensagem valiosa: melhorar o dia a dia pode ser mais simples do que parece.

Reservar alguns minutos para se conectar com alguém, reduzir o tempo no celular ou sair para uma breve caminhada já traz impactos positivos. O equilíbrio não exige uma rotina perfeita — exige escolhas conscientes, feitas um pouco de cada vez.

No fim, o que o estudo mostra é que viver bem é menos sobre quantidade e mais sobre qualidade. E, com um pouco de planejamento, é possível transformar os dias comuns em dias realmente bons.




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